Formação de Monitores


PARA COMEÇAR

Olá! Seja bem-vindo ao curso de FORMAÇÃO DE MONITORES.​

Neste módulo, você entenderá a função do Monitor na mediação e o acompanhamento de cursos online, aplicando princípios, ferramentas e metodologias próprias deste modelo de educação.​

Além disso, você será capaz de:​

  • identificar os princípios e fundamentos da educação a distância;​​
  • identificar as atribuições e responsabilidades do Monitor;​
  • identificar estratégias e ferramentas de mediação;​
  • identificar os fundamentos da Metodologia Senai de Educação Profissional;​
  • identificar os tipos de recursos didáticos e objetos de aprendizagem aplicados na educação a distância;​
  • identificar estratégias de acompanhamento e feedback.

Confira o vídeo a seguir e descubra o que você estudará ao longo da sua jornada:​


EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A educação a distância (ou simplesmente EaD) é uma realidade cada vez mais presente em diversas modalidades de curso, por exemplo, no ensino superior, na educação corporativa e até na educação profissional. Esse método tem contribuído para a ampliação das oportunidades educacionais em nosso país.

Mas, o que é ​educação a distância?

Muitas são as diferenças a respeito dessa modalidade educacional.

Clique nas setas para acompanhar algumas delas.​

  • Família de métodos instrucionais em que as ações dos professores são executadas à parte das ações dos alunos, incluindo aquelas situações continuadas que podem ser feitas na presença dos estudantes.

    (MOORE, 1973).​
  • A comunicação entre o professor e o aluno deve ser facilitada por meios impressos, eletrônicos, mecânicos ou outro.

    (MOORE, 1973).​
  • Separação física entre professor e aluno, que a distingue do ensino presencial, em que o estudante se beneficia de um diálogo e possibilidade de iniciativas de dupla via com possibilidade de encontros ocasionais com propósitos didáticos e de socialização.

    (KEEGAN, 1991).
  • Qualquer metodologia de ensino que elimina as barreiras da comunicação criadas pela distância ou pelo tempo.

    (ROMISZOWSKI, 1998).​
  • Ensino que ocorre quando o ensinante e o aprendente estão separados (no tempo ou no espaço). No sentido que a expressão assume hoje, enfatiza-se mais a distância no espaço e propõe-se que ela seja contornada por meio do uso de tecnologias de comunicação e de transmissão de dados, voz e imagens (incluindo dinâmicas, isto é, televisão ou vídeo). Não é preciso ressaltar que todas essas tecnologias, hoje, convergem para o computador.

    (CHAVES, 1999).​

HISTÓRICO

Analisando as definições anteriores, organizadas cronologicamente, observamos em primeiro lugar que o conceito de EaD não é tão novo como a princípio pode parecer. ​

Apesar de muitas pessoas acreditarem que a EaD é uma maneira nova de aprender e ensinar, ela possui uma longa trajetória.​

Clique em play no podcast e acompanhe uma breve história da EaD:​

Importante!

Com a explosão dos computadores pessoais e depois da internet comercial, a EaD ganhou fôlego redobrado e hoje são inúmeras as instituições e iniciativas que ofertam essa modalidade no Brasil e no mundo.​

Cada vez mais presente na escola, na universidade e no ambiente de trabalho, a EaD vem se transformando em referência para uma mudança profunda nas formas de ensinar e aprender.


LEGISLAÇÃO​

Confira a seguir o histórico da legislação pertinente à educação a distância.

Apesar de a EaD ser uma modalidade com longo histórico de ações, no Brasil ela foi reconhecida oficialmente apenas em 1996, com as bases legais estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.


Nesse mesmo ano, o Ministério da Educação criou a hoje extinta Secretaria de Educação a Distância (SEED), com o objetivo de fomentar a incorporação das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC) e das técnicas de educação a distância aos métodos didáticos-pedagógicos.​

1996

Em 1998, começaram a ser publicadas, pelo MEC, as primeiras regulamentações do art. 80º da LDB 9.394, resultando num fortalecimento da modalidade no meio acadêmico, principalmente no ensino superior. ​


Com a revogação do Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e do Decreto nº 2.561, de 27 de abril de 1998, o Decreto Oficial da União nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, passa a ser o principal documento regulamentador da EaD no Brasil.​

1998

Com a revogação do Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e do Decreto nº 2.561, de 27 de abril de 1998, o Decreto Oficial da União nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, passa a ser o principal documento regulamentador da EaD no Brasil.​

2005

A educação profissional técnica de nível médio a distância começa a se expandir apenas em 2007, quando é lançado o sistema Rede e-Tec Brasil.


A Rede e-Tec Brasil visa a oferta de educação profissional e tecnológica a distância, e tem o propósito de ampliar e democratizar o acesso a cursos técnicos e de nível médio, públicos e gratuitos, em regime de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

2007

Em 2011, o Governo Federal cria, por meio da Lei nº 12.513, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica. Desde o princípio, o Pronatec incentiva a utilização da modalidade a distância, incorporando a Rede e-Tec Brasil.

2011

Em 2012, é publicada a Resolução nº 6, de 20 de setembro de 2012, que define novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, incluindo normativos sobre o uso de EaD.​

2012

PDF

No que se refere à utilização de atividades a distância no ensino técnico presencial, saiba o que determina o artigo 26 da Resolução nº 6 de 2012. Clique aqui para acessá-la.

Resumindo, então, no que tange à educação profissional, a regulamentação atual determina que:

Em cursos presenciais: até 20% da carga horária dos cursos técnicos presenciais de nível médio pode ser realizada a distância.​

Em cursos a distância: no mínimo 20% da carga horária do curso deve ser realizada presencialmente, incluindo avaliações e atividades práticas em polo presencial ou em estruturas de laboratórios móveis.

Em 25 de junho de 2013, foi assinada e publicada a Portaria nº 562 do MEC, referente à oferta de cursos na modalidade a distância, por intermédio da Bolsa-Formação, no âmbito do Pronatec.


A portaria regula a participação dos Serviços Nacionais de Aprendizagem (SNA), entre eles o SENAI, na Rede e-Tec, reforçando as determinações estabelecidas na Lei nº 12.513, inclusive de "assegurar condições de infraestrutura física, pedagógica, tecnológica e de pessoal para desenvolvimento adequado dos cursos em todos os locais de oferta".

2013

O Ministério da Educação regulamentou a Educação a Distância (EaD) em todo território nacional por meio do Decreto Nº 9.057/2017.

2017

PDF

Mais informações sobre todas essas leis e diretrizes você encontra nos anexos abaixo:

Regulamentações legais, modelos de EaD baseados na evolução das tecnologias e das mídias, implicações de natureza socioeconômica e discussões de cunho pedagógico – todos esses aspectos, mencionados até este momento, requerem do profissional que trabalha com a Educação a distância um olhar e uma postura diferenciados, isto é, uma visão sistêmica da educação.

Siga em frente e conheça mais sobre as características e princípios da EaD. 



Características e princípios

Você pode perceber que as várias definições citadas sobre EaD utilizam dois elementos comuns:

  • distância física entre docente e aluno;​
  • uso intensivo de tecnologias para apoiar o estudo e a comunicação didática.

Dessa forma, pode-se definir a EaD como um processo de ensino-aprendizagem mediatizado, em que docente e aluno estão separados física e/ou temporalmente.

No entanto, além da separação física e temporal entre quem aprende e quem ensina, a EaD possui outras características e princípios que a distinguem da educação presencial, por exemplo: autonomia, aprendizagem não linear, ambientes virtuais de aprendizagem, flexibilidade e as tecnologias da informação e da comunicação (TICs).

Confira o vídeo a seguir e saiba mais sobre o assunto:​


ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DE CURSOS EaD

Dada a complexidade na elaboração de um curso a distância, cada projeto requer um planejamento na parte tecnológica e pedagógica, e isso envolve diversas etapas profissionais.​

Existem algumas metodologias que são empregadas no desenvolvimento de um curso a distância, visando que ele seja eficaz, envolvente e acessível aos alunos. Nesse aspecto, vamos apresentar um dos modelos mais conhecidos e aplicados no desenvolvimento de cursos a distância: o modelo ADDIE – Analysis, Design, Development, Implementation, Evaluation, que, em português, significam análise, desenho, desenvolvimento, implementação e avaliação. ​

Clique em cada item a seguir para conhecer cada uma delas:​

Nesta fase inicial, são coletadas informações sobre o público-alvo, os objetivos e as necessidades de aprendizado, que deverão ser atendidas. Geralmente, nesta fase é elaborado o plano de curso. ​

Nesta etapa, os designers educacionais planejam e projetam o curso. Isso envolve o desenvolvimento de documentos, a exemplo do storyboard, roteiros de videoaulas e aulas remotas, materiais em formato PDF, entre outros. Além disso, a etapa abarca os documentos pedagógicos, tal como o plano de ensino, que inclui objetivos específicos de aprendizado, estratégias de ensino, seleção de mídia e tecnologia, avaliações, atividades e recursos necessários.​

Neste processo, o conteúdo do curso é efetivamente criado com base no plano de design. Isso pode incluir a criação de materiais de ensino, a exemplo de apresentações de slides, vídeos, textos e atividades interativas. Além disso, é importante construir ou configurar a plataforma ou o ambiente de aprendizagem que receberá o curso.​

A implementação é a fase em que o curso é disponibilizado para os alunos. Neste momento, é elaborado o calendário de oferta, determinando o tempo em que cada unidade curricular ficará no ar, orientações sobre tutoria e monitoria, entre outras ações.​

A fase de avaliação é contínua e ocorre em várias etapas do processo. Ela envolve a coleta de feedback dos alunos e a avaliação do curso com base nos objetivos de aprendizagem estabelecidos. Os resultados são usados para fazer melhorias contínuas no curso e para determinar sua eficácia.​

Importante!

No SENAI, o fluxo de trabalho de um curso EaD, do desenvolvimento à oferta, deve respeitar os seguintes princípios: ​

  • o profissional deve contemplar os conhecimentos indicados nos documentos de planejamento;​
  • trazer conhecimentos básicos para que o aluno consiga resolver os desafios propostos na situação de aprendizagem e desenvolva as capacidades determinadas no plano de ensino;​
  • integrar teoria e prática, além de trazer reflexões e sugestão de leitura a materiais complementares;
  • estar fundamentado em normas e referência de credibilidade: livros, artigos etc.​

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Em cada etapa citada acima, estão envolvidos diversos profissionais, a exemplo do professor-autor (conteudista), revisor de texto, designer educacional, designer gráfico / multimidia, desenvolvedor, UI/UX Designer, monitores e tutores, no que chamamos de equipe multidisciplinar.

Para facilitar o entendimento, vamos dividi-los em duas macroetapas. A seguir, conheça cada um deles:

PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO E DESENVOLVIMENTO

Professor-autor

Também conhecido como conteudista. Responsável por selecionar o conteúdo técnico, elaborar textos didáticos, encomendar diagramas, gráficos e imagens e gravar videoaulas. ​

Revisor de texto​

Revisa os materiais escritos, visando proporcionar maior qualidade comunicacional aos textos.​

Designer educacional​

Organiza pedagogicamente os materiais, assegurando a clareza e o alinhamento aos objetivos educacionais. Elabora documentos instrucionais, a exemplo de storyboards, roteiros de vídeos, entre outros.​

Designer gráfico / Multimidia​

Refina a interface visual dos suportes midiáticos.​​

Desenvolvedor​

Realiza programações de objetos, softwares, entre outros, aplicando determinadas linguagens.​​

UI/UX Designer​

Cria uma experiência digital agradável e satisfatória para o usuário.​​

OFERTA

Monitor​​

Tem a função de ajudar os alunos com as ferramentas educacionais e com as questões administrativas.​​

Professor-tutor​

Profissional responsável pela elaboração da estratégia pedagógica e acompanhamento do processo de desenvolvimento do curso.​​

Confira o vídeo a seguir e saiba mais sobre o assunto:​

Tudo isso ocorre antes de entrarem em cena os docentes e estudantes, estabelecendo a interação e a mediação pedagógica.

Dessa forma, aos processos de desenvolvimento que incluem a preparação e a autoria de unidades curriculares, cursos ou programas inteiros, e de recursos didáticos em diversos suportes midiáticos (livros, programas em áudio, vídeos ou formatos multimídia), bem como a produção e a distribuição desses recursos, soma-se a função de orientação e acompanhamento do processo de aprendizagem, com a tutoria, a monitoria e as atividades relacionadas à avaliação.​

Fazer com que todos esses processos operem sob um mesmo sistema integrado e coeso exige um grau considerável de sofisticação gerencial que articule todos os profissionais e competências envolvidos.

É importante salientar que a equipe envolvida e o documento resultante de cada fase acima citada dependerão diretamente da estratégia de ensino e aprendizagem adotada, que pode ser: híbrida, totalmente a distância, com interações síncronas ou assíncronas, autoinstrucional ou colaborativa, e influenciará também as ferramentas de mediação e o processo comunicativo.​

Continue atento! A seguir, você conhecerá mais detalhes sobre as estratégias de ensino.​



HÍBRIDA

Alguns anos antes da imposição do ensino remoto, delineava-se uma integração entre os sistemas de educação presencial e a distância, rumo à educação híbrida.

A educação híbrida – também chamada de ensino semipresencial, aprendizagem mista, aprendizagem combinada (em inglês, blended/mixed learning) e até mesmo aprendizagem bimodal –, combina elementos das duas modalidades.

Valente (2014) define a educação híbrida como um programa de educação formal que mescla momentos em que o aluno estuda os conteúdos e as instruções usando recursos online e outros em que o ensino ocorre em uma sala de aula, de modo que o aluno pode interagir com os colegas e com o professor.
Na parte realizada online, o aluno dispõe de meios para controlar quando, onde, como e com quem vai estudar.
Na parte presencial, ele conta com o apoio de um docente e interage com os demais alunos.


100% ONLINE​

Hoje, a educação a distância pode ser oferecida em diferentes formatos. Um exemplo é a chamada educação online, que inclui o uso sistemático de hipertextos e redes de comunicação interativa (internet) para distribuição de conteúdo educacional e apoio à aprendizagem, sem limitação de tempo ou lugar.​

Nas palavras de José Manuel Moran (2003, p. 1), pode ser definida como “o conjunto de ações de ensino-aprendizagem que são desenvolvidas através de meios telemáticos, como a internet, a videoconferência e a teleconferência.’’

Ela acontece cada vez mais em situações bem amplas e diferentes. Abrange desde cursos totalmente a distância, sem nenhum contato físico, até cursos presenciais com atividades complementares em laboratório ou fora da sala de aula, via internet.



SÍNCRONAS E ASSÍNCRONAS​​

Você sabe a diferença entre aulas e recursos síncronos e assíncronos?​

Baseadas na relação com o tempo e com a forma de entregar o conteúdo para os alunos, as aulas apresentam particularidades que podem ser exploradas com eficiência.

As aulas síncronas são aquelas que acontecem ao vivo (em tempo real), com alunos e professores numa mesma sala virtual, interagindo por meio de som e imagem.​

As aulas assíncronas são aulas gravadas em que o(a) professor(a) sobe em alguma plataforma virtual um arquivo de vídeo (por exemplo) com suas explicações sobre determinado tema de estudo.​

Exemplo de aula síncrona nos formatos de aula online são as que incluem salas de videoconferência e transmissões ao vivo. As aulas síncronas apresentam algumas vantagens, por exemplo: acompanhamento simultâneo, maior interação e contato direto. No entanto, há pontos de atenção, tais como: falta de flexibilidade, menor autonomia para o aluno e dependência da internet.​

Exemplo de aula assíncrona são as videoaulas gravadas. Ela apresenta como vantagem: flexibilidade, acessibilidade e autodisciplina.​


Autoinstrucional​​

Com os avanços da tecnologia e das ferramentas digitais, as formas de ensino e aprendizagem seguem se expandindo. Neste cenário, uma modalidade de ensino vem ganhando espaço por possibilitar mais facilidade, maior agilidade e melhor desempenho: a autoinstrucional.

Essa modalidade significa o aprendizado autônomo, ou seja, é o modelo de ensino no qual o aluno estuda de forma independente, por meio de uma plataforma online, sem a tutoria de um docente.

Dessa forma, os alunos dos cursos autoinstrucionais acessam e acompanham os materiais didáticos e o conteúdo, de acordo com seu ritmo de aprendizagem e conforme sua disponibilidade de tempo. E, ao final, realizam uma avaliação somativa que, alcançando uma nota mínima de aprovação, obtêm a certificação.

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COLABORATIVO​​​

Embora boa parte da aprendizagem a distância aconteça pela interação do aluno com os conteúdos apresentados nos livros didáticos e nos materiais online, ele não está sozinho neste desafio. Há uma rede de segurança formada por tutores, monitores, coordenadores técnicos, coordenadores pedagógicos e responsáveis pelo polo, bem como os colegas de estudo. É a chamada "aprendizagem colaborativa".

O avanço das tecnologias, principalmente da internet, possibilitou a criação de espaços de aprendizagem interativos e até tridimensionais, que favorecem a aprendizagem em grupo. Dessa forma, além da autonomia para aprender de forma individual, na educação a distância o estudante tem ferramentas à disposição para aprender de forma colaborativa.​

Para facilitar a mediação do conhecimento, é possível encontrar algumas ferramentas colaborativas no mercado, a exemplo do AVA – Ambientes Virtuais de Aprendizagem, Chat, E-mail, Ferramentas Google (Google Drive, Google Docs, Google Acadêmico, Google Classroom, Google Meet), Slack, Mural, dentre outras. ​

Tanto a distância quanto presencialmente não são apenas as ferramentas que irão garantir a aprendizagem colaborativa, e sim as situações de aprendizagem significativas propostas no curso.

Dica

Saber mediar as discussões é tão importante quanto abrir canais para a interação com os alunos e incentivá-los a participar.

Mesmo que não seja obrigatório comentar cada postagem, você deve utilizar estratégias, analisando os comentários de forma categorizada e promovendo a mediação. Dessa forma, os alunos perceberão que você realmente está acompanhando o que está sendo discutido. Muitas vezes, os alunos sentem-se motivados ao verem seu nome mencionado em alguma mensagem publicada.



RECURSOS E OBJETOS DE APRENDIZAGEM​​​

O profissional de educação precisa ser criativo para encontrar maneiras de utilizar recursos educacionais, a fim de explicar conceitos, reproduzir experimentos e ilustrar aplicações práticas.

O recurso digital passa a ser classificado como educacional a partir do momento em que abriga, em sua proposta, um objetivo de aprendizagem definido.

Os recursos – que podem ser um texto, uma imagem, um vídeo, um podcast, entre outros, apoiam o processo de ensino e aprendizagem dentro e fora da sala de aula –, recebem o nome de "objetos de aprendizagem".

A seguir, vamos conhecer diferentes possibilidades de utilização dos objetos digitais de aprendizagem, esclarecendo alguns conceitos e identificando algumas aplicações práticas.​

Confira o vídeo a seguir e saiba mais sobre o assunto:​


FERRAMENTAS DE MEDIAÇÃO​​

A tecnologia na educação trouxe inúmeras melhorias nos mais diversos campos que envolvem a relação do aluno com o professor, sendo a comunicação muito beneficiada neste processo.

As ferramentas de mediação servem como acompanhamento aos alunos, e incrementam o AVA. São dispositivos, a exemplo de chats, fóruns, murais, entre outros.

É importante salientar que, dependendo da estratégia autoinstrucional ou colaborativa, algumas ferramentas serão mais aplicadas que outras.

Confira o vídeo a seguir e saiba mais sobre o assunto:​


COMUNICAÇÃO​​​

Conforme você estudou, as ferramentas de mediação promovem a interação entre tutores, monitores, gestores, alunos e responsáveis. É por meio delas que as dúvidas são esclarecidas, e as informações e orientações são transmitidas.

Em vista disso, é importante que a comunicação seja eficaz e eficiente. Dessa forma, há a necessidade em emitir uma mensagem com clareza, sem dar margem a qualquer ruído ou desentendimento, e ser compreendido.

Com isso: 

Use o tom de voz adequado e comunique-se com clareza e objetividade.​

Conheça a linguagem do aluno.

Pratique a escuta ativa, com espaço para feedbacks.

Deixe as informações claras e visíveis.​


NETIQUETA​​​

Ainda retratando acerca da comunicação, é imprescindível que os evolvidos sigam regras de conduta socialmente adequadas. Regras essas que denominamos de NETIQUETA. A palavra Netiqueta vem do inglês “network” e “etiquette”, que significa uma etiqueta que se recomenda observar na internet. A palavra pode ser considerada como uma gíria, decorrente da fusão de duas palavras: o termo em inglês net (que significa “rede”) e o termo “etiqueta” (conjunto de normas de conduta sociais).

Trata-se de um conjunto de recomendações para evitar mal-entendidos em comunicações via internet, especialmente em e-mails, chats, forúns de discussão, entre outros

Ademais, as ferramentas de mediação servem, também, como uma regra de conduta em situações específicas, por exemplo: mencionar um trecho de um livro na internet, informar que naquele texto existem spoilers; citar nome do site, do autor de um texto transcrito etc.

Além de todos os aspectos observados, você deve ter em mente que, no meio virtual, não é apenas o docente que profere a oralidade. Os alunos têm à disposição um conjunto de ferramentas para comunicação bidirecional (como os e-mails, por exemplo) e multidirecional (como os fóruns).

Cabe a você organizar a comunicação de forma que os estudantes percebam que estão em um ambiente no qual o clima é favorável à aprendizagem. É fundamental que todos respeitem as orientações da "Netiqueta".



RECAPITULANDO​​​

Neste módulo, você aprendeu sobre a evolução da educação a distância. Além disso, estudou os seguintes conceitos:

  • história e conceitos a respeito da modalidade de educação a distância;​
  • sua legislação e seu longo histórico de ações no Brasil e no mundo;​
  • entendeu que a EaD possui características e princípios que a distinguem da educação presencial;​
  • aprendeu sobre os processos de um sistema de EaD, desde o seu desenvolvimento e oferta ao público;​
  • os profissionais que contribuem à tarefa de ensinar na EaD; ​
  • suas estratégias de ensino, a exemplo da estratégia híbrida, online e a autoinstrucional; e​
  • os recursos digitais utilizados para o desenvolvimento de um material online.


Praticando​

1. Um sistema de Educação a distância é formado por todos os processos que operam quando ocorrem o ensino e a aprendizagem a distância. Sobre o processo de Desenvolvimento de cursos, associe as etapas às suas definições:​

a. São coletadas informações sobre o público-alvo, os objetivos e as necessidades de aprendizado.

b. Os designers educacionais planejam e projetam o curso.

c. O conteúdo do curso é efetivamente criado com base no plano de design.​

d. É a fase em que o curso é disponibilizado para os alunos​.

e. É contínua e ocorre em várias etapas do processo.​
Atenção!
Selecione todas as alternativas do exercício.

Parabéns! Resposta correta.

Você associou corretamente as etapas de desenvolvimento de curso EaD.​

Ops! Tente novamente.

Retorne ao conteúdo e estude com atenção as etapas de desenvolvimento de curso EaD.​

Resposta incorreta.

A correspondência é a seguinte:​

  • a. Análise​
  • b. Design​
  • c. Desenvolvimento​
  • d. Implementação​
  • e. Avaliação

Aproveite para estudar um pouco mais sobre as etapas de desenvolvimento de curso EaD.​

2. Na EaD, muitos profissionais fazem uso do processo de ensino e aprendizagem. Das características citadas, quais estão relacionadas ao Designer educacional?

Parabéns! Resposta correta.

O Designer Educacional organiza pedagogicamente os materiais, assegurando a clareza e o alinhamento aos objetivos educacionais. Além disso, elabora documentos instrucionais como storyboards, roteiros de vídeos, entre outros.​

Resposta incorreta.

Você não fez as correspondências corretamente. Tente outra vez.​

Resposta incorreta.

A resposta correta é a alternativa e. O Designer Educacional organiza pedagogicamente os materiais, assegurando a clareza e o alinhamento aos objetivos educacionais. Além disso, elabora documentos instrucionais como storyboards, roteiros de vídeos, entre outros.​

3. Alguns anos antes da imposição do ensino remoto, delineava-se uma integração entre os sistemas de educação presencial e a distância, rumo à educação híbrida. Ela também pode ser chamada de:​

Parabéns! Resposta correta.

A educação híbrida também chamada de ensino semipresencial, aprendizagem mista, aprendizagem combinada (em inglês, blended/mixed learning) e até mesmo aprendizagem bimodal, combina elementos das duas modalidades.​​

Resposta incorreta.

Você não fez as correspondências corretamente. Tente outra vez.​

Resposta incorreta.

A resposta correta é a alternativa a. A educação híbrida também é chamada de ensino semipresencial, aprendizagem mista, aprendizagem combinada (em inglês, blended/mixed learning) e até mesmo aprendizagem bimodal, pois combina elementos das duas modalidades.​